Hexa motivos do Hexa Campeonato

Depois de uma campanha espetacular como essa, descrever o título do Corinthians de campeão Brasileiro de forma superficial é uma tarefa complicada, porém vou aqui resumir o que considero ser os seis principais motivos que coroaram o Hexa Campeonato.

06 títulos Brasileiro na história: Se não fosse o primeiro em 90 com Neto e CIA. Se não houvesse o Bi-Campeonato de 98/99 com aquela geração fantástica, se por acaso não tivessem gravado em DVD o título de 2005 daquele elenco milionário não lembraríamos dele e se em 2011 aquele time não tivesse se retrancado lá atrás, hoje não comemoraríamos o sexto título da história.

06 meses de Campeonato: Desde a primeira rodada passaram-se 06 meses. Foram 06 longos meses de apoio incondicional da torcida. Mesmo sofrendo com a desclassificação na Libertadores, Paulista e Copa do Brasil a torcida nunca abandonou esse time. Como sempre e dessa vez como nunca, a Fiel foi o 6+6=12º jogador!  

06 jogos decisivos: Todas as partidas e pontos conquistados foram fundamentais para o título, porém as partidas que destaco aqui foram as mais importantes:

Corinthians 1x0 Atlético MG – Atlético voando no campeonato, parou na disciplina tática do timão;

Corinthians 4x3 Sport – Pela "fria" que entrou Arana no segundo tempo, pelo ambiente do jogo nos 45 minutos finais, esse jogo foi importantíssimo para a arrancada ao título do 1º turno.

Palmeiras 3x3 Corinthians – Empate com cara de vitória. Sabemos que no Derby não há favorito, perder esse jogo significaria um grande baque na questão emocional, muito maior do que na tabela de pontuação. Vide o que ocorreu com o adversário por não ter vencido.

Corinthians 1x1 Grêmio –  O adversário soube anular o timão na Arena. Naquela altura do campeonato o Grêmio vivia o melhor momento entre os três que disputavam o título. Esse empate foi um balde de água fria na pretensão dos gaúchos ao título e para o Corinthians foi a mostra que se não dá na técnica vai na raça!

Corinthians 2x0 Santos – O Santos havia vencido na rodada anterior o Atlético MG por 4x0. O Corinthians havia perdido as duas partidas da Copa do Brasil para o time da baixada, era o momento de dizer aos “moleques da vila” que jogo sério é jogo sério. Vitória esmagadora ao sol do meio dia.

Atlético MG 0x3 Corinthians- Sem comentários. Jogo do título!! 

06 títulos da teimosia: Teimosia da Diretoria em trazer de volta um treinador que fracassou ante o Tolima, mas que trouxe dois dos maiores títulos da história do clube.  

6 a 1:  Jogo da festa, nada melhor que convidar seu maior freguês para bailar. Resultado que entra para a história. A fiel merecia isso!!

E para finalizar, o sexto motivo...

6 Letras     

A-D-E-N-O-R

O incansável

Corinthians e Santos fizeram hoje pela manhã mais uma dessas ótimas partidas que esse Brasileirão 2015 vem apresentando.
Mesmo debaixo de um sol desumano os times conseguiram praticar um bom futebol. O Santos perdeu um pouco da sua individualidade e no primeiro tempo foi envolvido pelo Corinthians, que coletivamente foi quase perfeito. Na ausência de um lateral esquerdo de origem, Tite escalou Yago, forte na marcação mas deficiente no apoio, para suprir essa deficiência Ralf foi incumbido de cair por ali e ajudar Malcom e Renato Augusto nas jogadas pelo lado esquerdo do campo.

Muitos entendem que Ralf perdeu espaço no time para Bruno Henrique, por não tem a saída de bola como seu ponto forte (me incluo nessa crítica), isso prejudica o esquema tático de Tite quando os adversários bloqueiam as laterais, mas hoje Ralf superou a expectativa e surpreendeu muita gente. Ralf foi um dos que mais trocou passes durante o jogo e errou apenas 02 dos 45 passes executados. Apoiou com eficiência pela esquerda, deu caneta no adversário, marcou, defendeu, atacou, desarmou, chutou, rebateu, tudo isso ao Sol do meio dia. Resumindo: Ralf foi o maior responsável pela vitória do timão nessa manhã de Domingo.

E dizem alguns que ele foi visto em um parque da cidade agora a tarde, dando uma corridinha. Afinal não é todo domingo que pinta uma folga como essa ! 

Presente inesperado

Rivalidade segundo o dicionário MICHAELIS: sf (lat rivalitate) 1 Qualidade de rival. 2 Concorrência que fazem duas pessoas ou coletividades que pretendem a mesma coisa. 3 Competição, emulação. 4 Ciúme. 5 Rixa. 


Rivais no futebol não suportam perder um para o outro, e quando o outro ganha, encontra mil e uma justificativas para reconhecer ou não a derrota. Rivais no futebol ficam a espreita de notícias nas redes sociais para provocar o adversário, qualquer informação falando não tão bem do oponente é um prato cheio para tiração de sarro. E quando a vitória em cima do rival acontece, aí não tem choro que faça o outro parar.

Rivais no futebol, não usam as cores  da camisa do concorrente nem por decreto. Citar o nome do outro time então, nem pensar. O que se ouve são apelidos e definições das mais sarcásticas e sarristas possíveis. Rivais no futebol não aceitam ter outro rival que não seja aquele estabelecido desde o começo de tudo. Não há rivalidade sem história, sem passado. Rivalidade não se cria no presente e não se projeta para o futuro.

Apesar de tudo, a rivalidade não impede que amizades sejam construídas e o respeito seja mantido. 


Post criado em agradecimento a um Palmeirense que me presenteou nesse dia tão especial, reconhecimento do respeito e amizade recém construída.

Valeu Boris Gris! 

Corinthians 105 anos

Corinthians, motivo pelo qual os torcedores comemoram aniversário duas vezes ao ano, primeiro (por coincidência) no dia em que ele ( torcedor ) nasceu e depois hoje, 01/09.

Da fundação em 01/09/1910, do primeiro gol de Luís Fabi ao último de Jadson, o Corinthians como nenhum outro clube no mundo trouxe tanta alegria aos seus fanáticos e apaixonados torcedores.

Aquele que não é torcedor acha que o nome Corinthians é sinônimo de crise, de fila, sem casa, sem título, sem jogador, sem dinheiro... mas para o apaixonado; o nome significa ...Corinthians!



Corinthians, pintura em preto e branco que colore a vida de todos nós...

Parabéns pelos 105 anos!

Uma Tarde de Amor

A tarde desse Domingo começou com um grande gesto de consideração e porque não amizade. Amizade daquele que me presenteou com um ingresso para assistir a uma partida do Corinthians na Arena Itaquera.

O que dizer então do gesto de solidariedade do clube ao divulgar a ação do McDia Feliz, ação voltada à captação de recursos afim de promover a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer. Diriam-se orgulhosos os cinco fundadores desse clube que hoje é uma nação. O ambiente que se criou durante a semana com a divulgação dessa campanha parece ter contagiado à todos na tarde desse domingo. A diretoria atendeu ao pedidos dos torcedores e baixou o preço dos ingressos, em resposta a fiel lotou o estádio. Presenciei os portões da ala oeste serem abertos 40 minutos antes do horário estipulado, atitude de bom senso com os torcedores, que já faziam fila nas escadas de acesso ao portões.

Bola rolando e o timão entra em campo com meias listradas de branco e vermelho, simbolizando o embaixador da campanha. Meias que aqueceram os pés de V. Love, tirando dele a estigma de pé frio que o vinha perseguindo desde que chegou ao timão. O artilheiro do Amor contagiado por todo o ambiente que se criou, anotou dois gols e saiu ovacionado pelos mais de 41 mil torcedores.

Nem o ato de compaixão do árbitro com os torcedores adversários, deixando de anotar dois pênaltis claríssimos a favor do Corinthians ainda no primeiro tempo, estragaram a festa. Final do jogo; Corinthians 3 x 0 Cruzeiro.

O Amor em todos os sentidos, comandou a vitória do Corinthians nesse lindo domingo de sol.

Corinthians ainda tem chances de ser campeão !

Antes da saída de Guerrero, Luciano era a quarta ou quinta opção no ataque do Corinthians. Depois do Panamericano virou titular absoluto do timão, tudo em pouco mais de cinco meses.

Elegemos e sepultamos pretensos craques em muito pouco tempo, isso é fruto da carência de ótimos jogadores no futebol Brasileiro. Não que Luciano não tenha superado a expectativa do mais descrente torcedor alvinegro, se é que existe torcedor corintiano com esse adjetivo.

Certo está Andrés Sanchez, que um dia após a fatídica lesão do nosso matador e artilheiro do longo torneio de três jogos, foi até imprensa e disse que o Corinthians seguirá com o que tem lá na frente.

É hora de acreditar no diferencial que existe lá atrás, torcer como sempre e rezar como nunca.

O Corinthians ainda tem Sanchez de ser Campeão!!!




Link da matéria publicada no portal uol.com.br

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/08/20/andres-descarta-novo-atacante-no-corinthians-apos-baixa-de-luciano.htm

Simplesmente CORINTHIANS!

Para um time que sofreu um "desmanche" durante o torneio, que somente nas últimas três rodadas conseguiu encontrar um goleador, que durante um bom período do ano deixou de pagar direito de imagem de alguns de seus principais jogadores, todos ainda abalados com a eliminação da Libertadores, conquistar o título simbólico de CAMPEÃO DO PRIMEIRO TURNO é algo para se comemorar: e muito! Com todas as adversidades, posso concluir então, que Tite é o único responsável por essa conquista? Não é bem assim...

Devemos dividir os louros da vitória também com o preparador físico; quando o time não decide os jogos na última metade do segundo tempo, corre mais que o adversário e segura o resultado conquistado durante a partida. Todos parecem "ter dois pulmões", como diria um certo comentarista. As lesões, quando ocorrem, são fruto de acidentes de trabalho. Aquelas rotineiras que acometem jogadores despreparados fisicamente já não rondam o clube a bastante tempo, vide o exemplo de Renato Augusto, que por sinal vem se destacando a duas temporadas; Mérito dos fisiologistas, fisioterapeutas, comissão médica, etc. A favor e contra o time do Corinthians está o gramado da nova Arena: como assim?! Quando o time joga em casa sabe como ninguém se aproveitar das características do gramado e aplica uma forma de jogar que entorpece literalmente os adversários, que não conseguem nem parar em pé. Contudo, quando o time sai de seus domínios e tem que jogar em gramados de não tão boa qualidade, para não dizer o pior, sofre para se adaptar e geralmente passa os primeiros 45 minutos da partida a base de chutões, se torna um time quase irreconhecível. Os tumultos que antes ocorriam com frequência, quando algo dava errado, já não tem a mesma repercussão de outros tempos, isso é fruto do trabalho de profissionais sérios que a pouco estavam atuando dentro das quatro linhas. Não podemos esquecer da ótima comissão técnica com suas teorias, aplicadas a base de muita tecnologia.


O dedo do técnico aparece no comportamento dos jogadores, na forma como todos entendem que o time é de certa forma limitado e que eles precisam a todo tempo ajudarem uns aos outros. Um esquema bem montado, característica bem marcante em Tite. Time com pegada, porém com lealdade. Não tenho os dados, mas posso crer que é dos uns times mais disciplinados do torneio. Tite sabe como poucos utilizar os ovos que tem para fazer um bom omelete.

O último, mas não menos importante, é a torcida, que mesmo nesse momento de crise financeira que vive o País, faz um esforço descomunal para encher o estádio e apoiar o time durante os 90 minutos.

Se a diretoria não meter os pés pelas mãos, ou se deixar levar por motivos pelos quais nós torcedores pouco sabemos ou entendemos, esse time levará o título Brasileiro com mérito, e esses jogadores entrarão pra história ao vencerem um Campeonato Brasileiro, sendo dentro das quatro linhas simplesmente CORINTHIANS!!

Ganhar ou ganhar o que você prefere?

Todos sabem que o Corinthians pós Libertadores é outro time, não só na quantidade mas também pela qualidade dos jogadores que ainda estão por lá. É certo que o time principal manteve sua espinha dorsal; com Cássio (além de Walter em melhor fase), Gil, Fágner, Uendel (que entendo ser melhor que o "hoje" Fábio Santos), Elias, Jádson, Renato Augusto e o principal destaque, Tite!


Com todas as limitações e dificuldades encontradas, o Corinthians é o vice líder do Brasileirão, está a nove partidas invicto e tem a melhor defesa do torneio, torneio esse que por sinal é um dos mais difíceis dos últimos anos. Sendo assim, posso me sentir um torcedor feliz, só não mais feliz que os torcedores do Galo, correto? Tirando a camisa de força de lado, não é bem assim...

Gosto de futebol bem jogado, entendo que para tal (parafraseando um velho treinador felino), devem existir a princípio duas condições básicas: Bons jogadores com qualidade técnica e um ótimo treinador. Treinador que compactua com a ideologia (se podemos dizer assim) do futebol arte, bem jogado; com a bola nos pés, com domínio amplo da partida e mesmo que por alguns minutos estiver acuado pelo adversário, saiba sair da "sinuca" com maestria e em poucos toques chegar na meta adversária com perigo. Vejo no Brasil apenas um time que hoje aplica esse conceito, ainda de forma incipiente, mas que já enche os olhos frente a mesmice do futebol praticado nesse país a décadas...

Se não aparecer nenhum dirigente que prefira ganhar do que ganhar, ou seja, somente ganhar, os torcedores do São Paulo terão o que comemorar em pouco tempo e o futebol brasileiro agradecerá a um Colombiano por mudar o jogo no País do futebol.

Quem será o craque do Brasileirão 2015?

Décima quinta rodada do Brasileirão 2015, para alguns cedo demais dizer quem será o campeão. Apontar então quem levará o troféu de melhor jogador do campeonato, nem pensar!

Como sou chegado a uma boa discussão e polêmica, direi qual jogador  na minha opinião será o craque do torneio. Será não, já é!!

Baixinho, apenas 1,69m, destro, habilidoso, vem conduzindo seu time às primeiras colocações do campeonato. Até o momento participou diretamente da metade dos gols de sua equipe, 06 gols e 02 assistências, é o vice artilheiro do torneio. Já fez gol de falta, gol de fora da grande área e dentro da área pequena; sua média de gols pelo Brasileirão 2015 é de 0,5 gols por partida, uma ótima média para um meia armador.


A expectativa é que esse jogador cresça mais ainda no decorrer do campeonato, pois seu time levou um tempo para se acertar, em decorrência das turbulências no percurso entre o primeiro e o segundo semestre.

Esse camisa 10 nos faz lembrar daqueles antigos meias habilidosos e ao mesmo tempo artilheiros de seus clubes. Puro saudosismo? Pode ser, afinal é cada vez mais raro encontrar jogadores assim no futebol brasileiro.

Para mim, o craque do Campeonato Brasileiro de 2015 é o "Galinho" do Parque São Jorge, mais conhecido como Jadson! E pra você?

A importância de um Ídolo

Sábado, 04 de Fevereiro de 2006, compromisso familiar próximo a praça Charles Miller, oportunidade para dar uma esticada até uma das barracas de pastel que ali eram armadas durante a feira livre que havia na praça todo sábado.

Entre um pastel e outro, aproveitei o momento de distração da esposa e filha e fui até a bilheteria do estádio. Trouxe na volta um ingresso família, (na época existia o ingresso família, que dava o direito a entrada de 05 pessoas com distribuição de lanche e refresco) uma "pechincha" !

Mais do que aproveitar a barganha e ver o Corinthians em campo, o programa da tarde daria a oportunidade da nossa filha, então com quase oito anos completos, ver pela primeira vez no estádio seu time (que já era de coração) e seu ídolo dentro de campo, Carlitos Tevez.

Depois de saborear o segundo, ou talvez o terceiro pastel ( não me lembro quantos foram) e convencer minha esposa que voltaríamos ao estádio no final da tarde, fomos para casa. Na volta trouxemos mais dois torcedores, minha mãe, também debutante em estádio de futebol e um garoto, vizinho nosso. Ele estava em dúvida entre torcer para o Corinthians e outro time da capital e eu não podia deixar o menino ir para o mau caminho, então trouxe ele comigo.

Estádio lotado, o Corinthians sai perdendo o jogo, Nilmar empata ainda no primeiro tempo, mas a criança de oito anos só tinha olhos para o camisa 10, Carlitos.

E no segundo tempo, aos 30 minutos, ele, o ídolo desencanta e desempata a partida, festa no estádio!!! Todos vibrando!! peguei minha filha no colo e perguntei se ela tinha visto o gol, e qual foi a resposta: Claro Papai, foi do Carlitos, de curva, ele chutou de curva!

Foi com um gol de curva que Carlitos Tevez encantou aquela criança.

Sorte dos pequenos "hinchas" xeneizes que poderão ver novamente muitos gols iguais aquele.


Resumo da partida:
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2006/02/04/ult59u99613.jhtm

ESPN
https://www.youtube.com/watch?v=b-qUx-ehI9A

1x7 na visão de uma criança

A maior derrota que me lembro ter sofrido, falando em seleção brasileira, foi aquela de 1982. Aquela derrota fez com que eu e meu irmão, então com 08 e 12 anos, ficássemos aborrecidos por muito tempo. Em novembro daquele ano, nosso pai nos levou ao estádio pela primeira vez. Vimos o Corinthians ganhar do Santo André por 3x1, no Bruno José Daniel, com dois gols de Sócrates. Foi a nossa redenção, descobrimos que o Corinthians era o nosso único time de coração.

Me lembro de acompanhar um pouco mais de perto o Brasil em 2002, muito mais pela comoção do ressurgimento do Ronaldo e por ter uma filha de apenas 04 anos, não queria privá-la das festas entre amigos e parentes. Criança não tem culpa do ceticismo dos adultos.

Em 08 de Julho de 2014, éramos eu e minha filha os céticos, ao lado de minha esposa e a família de um amigo. Assistíamos a partida como convidados na casa dele. Quando o placar apontava 0x4 para Alemanha percebemos que a filha desse amigo, uma criança ainda, se retirou da sala chorando. Essa imagem me cortou o coração e me remeteu ao ano de 1982.

Após o término da partida, na entrevista coletiva da comissão técnica, o único discurso que eu esperava escutar era um pedido de desculpas, à todas as crianças desse país. E o que eles fizeram? Mandaram a vovó Dona Lucia contar em carta que os responsáveis por aquele vexame não tinham culpa alguma pelo ocorrido, só posso crer que essa carta foi lida acreditando na inocência das crianças. 


O mais trágico daquele fatídico dia 08/07 não foi placar em si, mas sim a cicatriz que a derrota deixou no coração dos pequenos torcedores. O sofrimento em poucas horas se tornou decepção e com o passar dos anos o desprezo pela camisa amarelinha será evidente. As crianças em pouco tempo descobrirão que o futebol brasileiro não se resume ao que acontece dentro das quatro linhas, e que vexames maiores do que o sete a um, são consumados quase todos os dias nos bastidores e escritórios de quem comanda o futebol brasileiro.

Dia de São Nunca

São Nunca é o santo que não existe. Mas você sabia que ele tem sim seu dia? Então para matar a sua curiosidade, o dia de São Nunca é 30 de fevereiro. Você deve estar pensando que dia 30 de fevereiro, não existe. De fato não existe mesmo, mas já ocorreu três vezes na história. O santo fictício representa o "dia que nunca vai chegar". Em 1929, a ex-URSS, introduziu um calendário revolucionário no qual todos os meses tinham 30 dias, e os outros 5 ou 6 dias que sobravam eram feriados e não pertenciam em nenhum mês. Sendo assim, em 1930 e 1931 houve 30 de fevereiro, mas 1932 os meses voltaram ao normal. Outro caso, foi em 1295 em que Sacrobosco publicou no seu livro, a expeculação de  que o imperador Cézar Augusto retirou um mês de fevereiro e o colocou em Agosto, assim nomeado em sua homenagem, para não ficar atrás dos 31 dias do mês de Julho, que possuía homenagem à Caio Júlio Cézar. A criação do mês pelo imperador e seus dias estão corretos. Na especulação, Sacrobosco ainda diz que naquela época o mês de fevereiro tinha 29 dias e portanto os anos bissextos entre 45 a.C. e 8 d.C. tinham o dia 30 de fevereiro no seu calendário. O último caso, foi na Suécia em 1582. Mas o caso foi tão complicado que não colocarei aqui.


Porém, em 2012 essa história ganhou uma nova versão. O dia do Santo que representa o "dia que nunca vai chegar", passou a ser comemorado em 04 de Julho.

Data em que o Corinthians sagrou-se Campeão da Libertadores!!!!!



Fonte: http://sohciencias.blogspot.com.br/2010/03/dia-de-sao-nunca.html

A modernidade do Futebol Brasileiro

Quem me conhece sabe que não morro de amores pelo time da CBF a muito tempo. Não costumo comentar nas rodas de bate papo e nas resenhas sobre o desempenho desse time. Como tanto faz se ganhar ou perder, geralmente, sou só ouvinte do chororô do dia seguinte.

Na copa do Mundo assisti apenas três partidas desse time na integra. A abertura diante da Croácia ( devidamente uniformizado, com a camisa da Croácia é claro), o jogo contra a Colômbia e a partida inesquecível, os 1x7.

Amistosos, só assisti um, para ver a estreia de Philippe Coutinho como titular. Na Copa América, consegui ficar na frente da TV 45 minutos contra o Peru e os 90 minutos diante da Colômbia.


Olhando para dentro de campo, fica nítido (no meu entender) que o futebol brasileiro produz ótimos coadjuvantes e raríssimos craques. O que mais se vê nas categorias de base são jogadores moldados para o mercado Europeu, aqueles que jogam o futebol "moderno", disciplinados e bem empresariados.

São deixados de lado os Bad Boys (no bom sentido), aqueles atacantes rápidos e ousados que sempre dão um drible a mais e fazem uma jogada de efeito antes de centrar a bola para o atacante afundar as redes. Atacante esse que não existe, falo do 9, aquele com faro de gol, que entre uma dividida e outra na área, está sempre no lugar certo para anotar o "tento".

Faltam zagueiros "zagueiros". Volantes que não olham para o banco de reservas para ouvir o professor gritar "fica! fica!" e partem em velocidade driblando meio time, afim de levar a bola lá na outra área e antes que o adversário perceba já entrou com ela e tudo.

Falta o camisa 10 que na hora complicada, pega a pelota coloca na bandeja e entrega com maestria ao goleador "nato". O mesmo 10 que na falta do goleador se torna o 9 +1 e decide a partida com um  chute de fora da área, seja ele um "canhão", uma "folha seca" ou em uma cobrança de falta na "gaveta".

Não acredito que o problema em que se encontra o futebol brasileiro seja resolvido dentro das quatro linhas, porém o caminho será cada vez mais difícil se essa seleção perder o que resta de respeito dentro de campo. E olha que resta muito pouco.

O Brasil se preocupou tanto com a modernidade no esporte que se esqueceu do futebol da bola de couro, chuteira pesada, calção de algodão, alma e coração!